"A violência como forma de alcançar justiça racial é ilógica e imoral.Ilógica porque é uma espiral descendente que acaba em destruição. A velha lei de olho por olho deixa-nos a todos cegos. É imoral porque tenta humilhar o adversário em vez de obter a sua compreensão. Tenta aniquilar em vez de converter. A violência é imoral. Alimenta-se do ódio em vez do amor. Destrói a comunidade e impossibilita a fraternidade. Deixa a sociedade em monólogo em vez de diálogo. A violência acaba por se derrotar. Cria amargura nos sobreviventes e brutalidade nos destruidores."
Martin Luther King, Jr.
"Acho que há muitas boas pessoas na América, mas também há muitas pessoas más, que parecem deter o poder todo, e que impedem acesso a todas as coisas de que nós precisamos. Por essa razão, nós temos de nos reservar ao direito de fazer tudo para pôr termo a esta situação. Isto não significa que eu seja apologista da violência, mas não sou contra o seu uso como defesa pessoal. Nesse caso, não lhe chamo violência, chamo-lhe inteligência."
Malcolm X
citações retiradas de: "Do the right thing" - "a Spike Lee Joint", 1989
Risy, dás-me um abraço porque sabes que as nuvens passaram? Risy, olhas-me nos olhos, porque só assim tem de ser. Risy, percebes que as palavras doem, os olhares ferem e o silêncio mata, mas... com um sorriso tudo se esquece!
"Now on the regular, not a church girl / she was secular, not about the money / somebody redirected her / I know I met her at a earlier age / but she dont' look the same way on a page / got a brother confused / and I ain't willing to lose / You can believe me a fool / when its cool, cause after all of this music / I tell her "je ne parle pas francais" / but when the rhythym is cool / it doesn't matter if together we move / Come on!"
Risy, dizes que sou louco... (Acho que tens razão!)
"Hello darkness, my old friend, I've come to talk with you again, Because a vision softly creeping, Left its seeds while I was sleeping, And the vision that was planted in my brain Still remains Within the sound of silence."
Risy, não mostras nada, não estás lá; sou eu que ouço e não escuto ou é esta ressaca que nem me deixa pensar? (lol)
PS: Risy, manténs-te atrás desse aliciante mistério que me(/nos) deixou estático(s), num equilíbrio silencioso sob um fio em (in)visível (a)"tensão"! :D
"Tu es normal / Tu respecte chaque critère / Normal et pas un cheveu de travers / Tu es normal / Ton destin linéaire / Normal et ça ç'est le monde a l'envers
(...)
Mais tu es normal / Et les yeux rarement vert / Normal un voile sur les paupières / Tu es normal / Tout tes rêves aux vestiaires / Normal et ça ç'est le monde a l'envers (...)"
Hocus Pocus - Normal
Apesar da frieza que me invade, devido a este INverno rigoroso, é com alguma ironia que sinto o cinto a apertar, na época natalícia!
Detesto a delícia característica deste período, servida gélida e em tom sarcástico...
Penso que sim, penso que não... Penso, penso, penso. Penso sem solução...
Isto é como tudo... "longe da vista, longe do coração" (ou não!)
Risy, ignoras(-me) os mom-mentores... (lololol) feliz navidad
"Learning to breathe again for the first time In so long now Learning to see again through my pride Learning to speak again from my heart Learning to be a friend for the first time for the first time in so long for so long (x7)
Feel like I'm losing time when I worry'cos yesterday won't change Starting to free my mind from the shadow of doubt that keeps me in darkness testing the air outside my chamber into the danger pushing my limits high to the red line and over and why have i waited so long for so long (x6) oh why have I waited? why have I waited, yeah well it's hard to be happy in a world that's so cruel where the weak just get weaker where the powerful feud where the children go hungry while the soldiers stand by lay down your weapons take hold of your lives and when will we learn that it's hate that breeds hate only love is the cure don't leave it too late get up, and feel it the truth that won't wait if we choose to do nothing then we take all the blame"
Então, quem me ensina a ser feliz?
Risy, cheguei à conclusão que os postitivistas não percebem os negativistas, enquanto os negativistas percebem e invejam os positivistas!
Empatia nome feminino 1. faculdade de compreender emocionalmente (pessoa, objecto) 2. capacidade de se identificar com outra pessoa; entendimento 3. PSICOLOGIA identificação emocional com o eu de outro (De em-+gr. páthos, «estado de alma» +-ia)
Coras, Risy? Não me digas que nunca sentiste uma empatia!!?!
"Sei que tenho todas as razões para ser um gajo feliz, mas, se a ferida não fecha, não chego a ter cicatriz.. E o tempo devora os sonhos que outrora me fizeram ver um futuro diferente do agora. A memória explora os erros, os medos, as falhas, os segredos e os emperros, que cortam como navalhas. E ainda ecoa em mim um grito libertador, mas que não me traz calor e por isso sinto frio. Já não sei se sou pessoa: "o poeta é um fingidor", que finge a dor e o amor, para não ficar vazio.
Dizem-me que sou diferente do que sinto que sou. Dizem-me indiferente, mas houve algo que já mudou.
Mas porque hei-de esperar miséria? Se até a alma mais etérea tem 21 gramas de matéria.
ansiedade
há vontade, mas falta àvontade
pra dizer verdade
nem sei o que há-de ter que mudar
O tufão emocional traz-me medo do amor, sem eu ter tempo de dizer: Olá, posso conhecer-te melhor?"
A verdade é que sei, reconheço e afirmo, que gostava de saber quem és, saber o que gostas, o que fazes, o que gostas de fazer... saber o que desejas, saber o que queres, para ir lentamente percebendo se vai de acordo com o que esperas (ou o que te espera!) Não sei quem és... Não sei se será o mais importante, para o que queria que aí viesse. Aliás, há quem garante que não é importante (de todo)... não concordo! Hoje, tenho conversas comigo próprio, não sobre ti, mas sobre mim (contigo).
Não te sei, não te tenho, não te vejo, mas sinto-te... Não a ti, mas à ideia que tenho de ti! És tu, sem o ser(es)!!! É(s) aquela que mais me cativa e anima, que mais me ilude e desilude, que mais me puxa e empurra, que mais me espezinha e destrói (sem o fazer). E tu? TU!!! O que és tu? Quem és tu? Como és tu? Apesar de o pensar não o consigo pesar! (ou será que não o consigo pesar, por estar demasiado ocupado a pensá-lo?)
Depois dos berros mudos da alma... Resta-me esperar que acabe a gota da lambreta, e o diesel do motociclo... (ou não, claro! viva o cliché do "faz o que quiseres, por mim tá tudo bem! só quero o teu bem...o que tu quiseres é o melhor pra mim também!")
Mas até lá.... "em silêncio, vou derreter-me em alcoól!"
Risy, manténs-te atrás desse aliciante mistério que me(/nos) deixou estático(s), num equilíbrio silencioso sob um fio em (in)visível (a)"tensão"!
Eles dizem que passa com a idade, mas a idade passa e ainda nada. nada... e o tempo não suaviza. Ela diz que sou de gelo, mas a verdade é que ainda sinto todas as queimaduras na pele e nenhuma cicatriza. Desculpa!! Esgotei as forças a gerir o meu tempo para ainda ir jogar, ao não me dares atenção suficiente. Queres dar um tempo? Eu dou-te um tempo: um minuto para arrumares as tuas coisas e me desapareceres da frente! Estás contente? Isso é óptimo... Só me ajudas a definir a relação do peso amor/ódio. Que se fodam prioridades. Se a vida são dois dias, eu vou dedicar um dia aos beats e outro dia às letras. Para poder escrever a melhor música de sempre sobre como desperdicei a vida a tentar ser diferente, sobre os entes queridos e sobre como os esqueci. Passou uma pedra de gelo e mesmo assim não consegui sê-lo. Gelo... Invejo o gelo. Processo é lento, mas pouco a pouco consigo ser como ele. Sinto os membros dormentes, simultaneamente, é doloroso e frio que o tremer faz-me bater os dentes. Tenho frio no coração, um arrepio no peito por dentro, mas eu aguento. Fico indiferente e transparente. Frio como o gelo, petrificado, consegui alcançá-lo. Em silêncio vou derreter-me em alcoól!
Bate-me, sem hesitar por eu ser frágil, essa dor só vai tornar tudo mais fácil! Afasta-me, sem pensar se isso me afecta, distância só vai mostrar que não era a altura certa!
Bate-me, sem hesitar por eu ser frágil, essa dor só vai tornar tudo mais fácil! Essa dor só vai tornar, tudo tornar tudo vai tornar, tudo vai tornar, tornar tudo tão fácil!"
Nerve - Pedragelo
"Eu sei.. eu sei que sou estúpido. Ainda assim, aqui estou eu à tua porta de coração partido e tudo..."
Por volta das 18h de hoje sou alertado para uma visão de um (chamemos-lhe) "estado da arte" desta musica (chamemos-lhe) urbana. Onde, de repente, se levanta a questão da (chamemos-lhe) 'mensagem' de tal música urbana se ir focando cada vez mais na obsessiva preocupação em se provar que se é verdadeiro 'pregador' dessa mesma mensagem... De separar umas quaisquer águas entre os 'verdadeiros' 'pregadores' e os 'não pregadores' em 3 ou 4min de música... Em 5 de 10 músicas de um qualquer álbum... etc.
À memória me veio assim uma música que, entre avisos, críticas, expressões interiores, frustrações, desilusões, esperanças e verdadeiras "chapadas", me consegue mostrar o que poderá ser a (chamada) "mensagem" nesta (chamada) música urbana... e que faz com que eu vá ainda encarando-a como algo especial...
O que hoje me assusta. O Tempo. O que passou. O que passa. O que passará.
Cada vez mais vejo no Tempo a importância que nunca lhe dei… assusta-me pensar na rapidez com que ele se esgotou… na facilidade com que ele se desvanece agora no meu uso cada vez mais rotineiro da palavra “passado”.
Interrogo-me agora, de forma quase obsessiva, das escolhas e possíveis variantes de um qualquer trajecto. Assumo o gozo em relembrar esse passado, em pensar nos percursos tomados e nos momentos por eles criados. Apercebo-me com isso que tal obsessão apenas subsiste porque, cada vez mais, me vejo aprisionado num qualquer fado inerente a um mundo que, de forma consciente (acredito), se vai sustentando através da tua (nossa) dependência dele. Dependência essa que, envolvendo-nos a todos, me vai provocando o sentimento de estar inevitavelmente ‘condenado a ser como todos os outros um dia’, perdido num labirinto, sem perceber como sair.
Válido será questionar se serei, de facto, ‘como gado com o jugo, mais um puto condenado ao lucro’. Pragmaticamente, sou tentado cada vez mais a afirmar: esvaziam-se assim, neste presente, as inocentes fantasias (passadas) da existência de um “eu” perante todo o sistema através do qual toda uma espécie (sobre)vive.
O negativismo inerente a tal afirmação torna-se, aparentemente, aspecto evidente de um realizável conformismo. Dois “ismos” profundamente perturbadores. Nesse sentido, reflicto, paro… Prefiro imaginar que, na verdade, reconhecer no presente tal inevitabilidade, se poderá converter no primeiro passo de uma nova viagem, alimentada pela íntima vontade (passada) de ultrapassar tal destino.
No que acredito...
A dita obsessão em relembrar o passado, com as suas inocentes aventuras, descobertas, vadiagens e aprendizagens, tornou-se, na verdade, no principal motivo deste quadro cinzento sobre o qual se vai revelando o presente. A vontade de o ter de novo provoca um inevitável contraste com a realidade de (necessária) adaptação do presente.
Mas (e haverá sempre um “mas”, espero) será também ele o motivo (e motivação) para a (inocente) imaginação e criação de um outro (e próximo) futuro, (novamente) com as suas fantasias, devaneios e ficções… serão esses fantasmas de um passado alimentado pelo inconformismo (e seus valores) que me permitirão ultrapassar o (aparentemente óbvio) tempo presente... com a positividade que quero (e sempre quis) que me envolva…
Entre o mistério dissimulado e a alegria eufórica, (r)existe uma personalidade volátil, que vagueia entre o voo enérgico de uma constante migração de andorinha, o voo analítico objectivo e veloz só comparável com a rapina de um falcão e o pairar sereno e alarmante, mas nada despropositado, de um abutre.
(Canários, periquitos e papagaios já não poderão ser contabilizados, uma vez que se encontram ao nível dos peixes de aquário, os reptéis de viveiro ou os canídeos domésticos; ou seja, ao nível de um microondas, um espremedor de laranjas ou uma playstation!)
Inusitada sensação, a que me "dás"... A liberdade que mais me prende (até hoje). A sensualidade sem cariz sexual. A atracção que está lá, mesmo sem ser notada, e se denota mesmo sem lá estar! Mas... (há sempre um "mas"!) Num mundo em que nem tudo são nuvens, nem tudo é sol radioso, continuo perdido em mim mesmo! Gostava de ignorar o que há a ignorar (que nem eu sei nomear, definir e enumerar), MAS... não me sinto seguro!
100 sensações enumeradas... não chegam para nos encontrarmos, porque Sem objectivos definidos... vivemos perdidos... e Sem alvos nomeados... não existe ódio, guerra, desprezo, contacto, choque, aproximação, paixão,... (muito menos "aquilo" que muitos teimam em definir como amor)
Porém, só me resta esquecer isto e viver; deixar de analisar pensando, e pensar analisando, e viver...Porque não posso chegar ao ponto de julgar, porque, julgando, há que penalisar ou ilibar e... "Quando "dás o desconto" às coisas negativas da mulher - quando estás num contexto de impasse - estás completamente a auto-enganar-te pelos tomates!(...)"
"Seja com o "vamos ser amigos"; seja com o "vamos ser amigos coloridos"!" Já estou por tudo... no entanto, continuo sem vigor, certeza e/ou vontade de te agarrar pelo braço! Tirar-te do sério! Ver-te sorrir e, enquanto te levo em viagem, enfim sós, sussurrar-te ao ouvido em forma de (auto) confissão/confirmação: "Viveres no mundo da razão não te dá satisfação!"
Eu, Leigo no Amor!!!
Risy permaneces na merda, porque sabes que só vais ter soluções depois de ires em frente!
"Só existe cidade porque há coisas que tapam outras coisas. Senão, não havia cidade!"
Na pseudo-democrática urbe, é bela a "promíscua" relação de realidades distintas. A cidade dá corpo à área de combate, o espaço da multipli(pluri)cidade, a zona dos choques.. por excelência!
Do passado e do futuro. Da riqueza e da pobreza. Da nobreza e da plebe. Do belo e do feio. Do poder e da impotência. Do correcto e do errado. Do cheio e do vazio. Do conservador e do vanguardista. Do poeta e do engenheiro. Do saúde e da doença. Do benéfico e do maléfico. Do ódio e do amor. Do moderno e do tradicional. Do saber e da ignorância. (...) Da vida e da morte. De ti e de mim...
Teimamos em vê-la, reinventá-la e defini-la. Porém, não a observamos, de modo a apre(e)ndermos, lendo-a! "Linguagens diferentes podem contribuir para um todo!"
Risy vives no sonho (urbano)?
Citações retiradas da intervenção do Arq. Álvaro Siza Vieira, por ocasião do XIII Encontro de Municípios com Centro Histórico. Viana do Castelo, 20 de Nov. de 2008
"Aquilo que sabe bem ou faz mal, ou é pecado." Não o vives, mas por ti é profetizado. Estás enganado; nem percebo porque o dizes. Liberta-te das raízes; nós podemos ser felizes!!! Só não sabemos ser felizes - já que somos pós-modernos: entre eternos internos e infernos externos. Mesmo sem tu o saberes, não há razão para dizeres que: "A escolha já está feita antes de tu a fazeres." E acredita, que nem eu sei do que falo, mas... se somos peças de um puzzle, há que tentar completá-lo! (...)"
H - Faz-te um favor
Desta vez, é de mim próprio para mim mesmo...
Risy não mudas, porque vives noutro mundo?
Procurei, outrora, encontrar-me em sintonia com a irónica natureza urbana. Outrora, encontrei-me ironicamente em sintonia com a natureza por mim procurada na urbe. Liberdade, auto-infligida, numa prisão selvática e odiada, que amamos indiferentemente. Indiferentes, mesmo quando nos sentimos livres de amar e selvaticamente auto-infligimos o ódio. Somos iguais a nós próprios.
Só então me apercebi da dualidade do conceito… Natureza(-)Urbana… Só o Homem para se esquecer da Natureza a que pertence, dando corpo à Natureza que lhe pertence.
Natureza Nome feminino 1. mundo exterior ao homem 2. sistema das leis que regem e explicam o conjunto do mundo exterior 3. conjunto das coisas que apresentam uma ordem, que realizam tipos ou se produzem segundo leis 4. manifestação das forças num dado local 5. ordem lógica das coisas 6. conjunto dos caracteres que fazem que uma coisa ou um ser pertença a uma espécie ou a uma 7. categoria determinada; essência 8. conjunto dos traços característicos de um indivíduo; temperamento; carácter; compleição aquilo com que nasce um ser 9. estado primitivo do homem que precede a civilização 10. espécie; qualidade; tipo 11. órgãos genitais 12. [com maiúscula] conjunto dos seres, animados ou não, que constituem o Universo 13. [artes plásticas] objecto do mundo real que constitui um modelo.
E o etéreo? Pré-Conceitualmente a Natureza Humana alimenta-se da Natureza Urbana; por isso, é aceitável dizer-se que Aqui não há espaço para a Natureza Divina, à excepção da própria Divindade Urbana?
(“O meio condiciona o Homem”, mas jamais como o Homem influencia o meio.)
desafio-te a elaborares uma concreta razão pela qual acreditas que Ele existe... a definires sucintamente como O consegues ver... acima de tudo, como O consegues sentir...
Acreditas que Ele é de facto uma criação tua?!
Desde criança que sentes a necessidade de o “sentir” (?)... que o procuras... desesperadamente… finalmente, quando o encontras, convences-te que o "encontraste" (?), que um qualquer destino o haverá trazido até ti... que entre a imensidão deste nosso (grande) mundo, Ele finalmente veio ter contigo... sentes-te realizado... por extrema felicidade, encontraste-o ali, naquele instante... e usas o Seu nome como se tivesses a completa certeza de que Ele está ali... e apenas ali… mas o tempo passa... e a certeza desvanece... e desistes Dele... banal... e o tempo passa... e ele volta a aparecer... e com a mesma certeza de sempre, usas o Seu nome...
Risy confundes-me... na minha cabeça penso: porque me questionas então quando eu procuro "abrir" o uso do Seu nome? porque insistes em sacralizar o uso desse Seu nome em algo tão limitado e tão relativo, do qual tu (te) (ab)usas? Como podes não sentir a causalidade da Sua presença (ou da Sua ausência) nesses teus (tão certos) instantes? E porque cresces tu sem nunca pensar em tal aleatoriedade? Foste ensinado… até nisto foste ensinado…
Risy explico-te… Ele é, na minha cabeça, fruto do acaso, de ínfimas decisões e atitudes individuais, que (pelo acaso) acabam por colidir nesses ditos instantes… revelando-te a Sua presença… uma presença que tu, teimosamente, procuras entender sempre como Absoluta… Ele está ali, encontraste-o… não poderá estar em qualquer outro local ou momento… dessa forma acreditas que Ele é mais verdadeiro e sincero?! E único?!
Risy não te entendo… Ele deveria/pode estar em todo o lado, em distintos momentos… o Seu nome deveria/poderia ser usado diariamente… sem qualquer sacralização “intocável” da sua designação… deverias assumir a Sua universalidade, o Seu acaso, o Seu poder positivo, as potencialidades da Sua aleatoriedade e do seu acaso… em ti e em todos… acima de tudo, a Sua capacidade iminente de te elevar para uma melhor relação com o mundo, com os outros e, no fundo, contigo próprio… e daí sairá a Sua verdadeira sinceridade…
Risy apenas te desafio então a dizeres-me de(o) que(m) falo… e não é d'Ele...
"I had a conversation yesterday about the reason for our existence." Conversa difícil, mas todos sabemos que, mesmo não terminando aí, passa obrigatoriamente pelo poder persuasivo do amor. Amor, esse problema...
O problema não reside na sua capacidade de captação de atenções e forças, mas sim quando"Some people take the word love and use it to persuade." Para mim é algo que simplesmente não se pode misturar inocuamente com palavras, nem com pensamentos! Afinal, para quê pensá-lo, discuti-lo? Para quê? Se todos nós sabemos o quão (des)comunalmente nos mexem (est)as sensações. As sensações (f)úteis do amor... As auto-sensações, que tendemos a partilhar, através de partilhas auto-sentidas.
Por que caminhos andarei, sem saber se "If I didn't ask, would you give me what I gave to you?", por muito pouco, e descomprometido - que seja! No entanto, "We need each other (to grow)..."Não o sei, "sinto"-o...
Risy, alinhas?
PS: Tenho que (deixar de) usar e abusar das aspas!
“O meu maior medo é de que a arquitectura seja necessariamente uma actividade totalitária, uma espécie de prisão, na qual ao desenhar um espaço estás provavelmente a desenhar também o comportamento de alguém nesse mesmo espaço..."
Um eufemismo simbólico, para um simbólico virar de página.
Mudança paradigmática? Se o é, (pré)supõe-se a (pré)existência de, mais que uma pessoa social, uma vida paradigmaticamente regulada. Não (re)conhecemos o padrão, mas (re)conhecemo-lo bem! Não (re)apontamos – jamais! – o exemplo que (nos) serve como modelo. Então… Como podemos reconhecer que nossa própria vida é, para cada um, O paradigma?
(Enfim… A página já não está branca, mas em branco continua!)
No entanto, (só) sabemos que… Outrora fomos: Agora somos!
*RECONHECER Verbo transitivo 1. identificar (alguém que já se conhece 2. distinguir certas particularidade 3. aceitar legalmente como filho; perfilhar 4. admitir, aceitar, confessar 5. constatar, verificar 6. ficar convencido de 7. confirmar 8. explorar; examinar 9. mostrar agradecimento por; agradecer; recompensar 10. conferir um dado estatuto a 11. declarar autêntico ou legal 12. conceder um direito a; outorgar verbo pronominal 1.conhecer a própria imagem 2.confessar-se; declarar-se (Do lat. recognoscère, «id.»)
**PARADIGMA Nome masculino 1. exemplo que serve como modelo; padrão 2. (gramática) modelo de declinação ou conjugação 3. (linguística) conjunto de elementos linguísticos que podem ocorrer no mesmo contexto 4. (investigação) sistema ou modelo conceptual que orienta o desenvolvimento posterior das pesquisas, estando na base da evolução científica (Do gr. parádeigma, -atos, «modelo», pelo lat. paradigma, «id.»)
"Busco una calma inalcanzable, la atmósfera aquí no es fiable quiero estar solo si solo todo estará bien que nadie me hable, que no rompan este silencio, es mío hoy quiero sentir el frío Vértigo que el mundo pare y me separe del cansancio de vivir así Harto de fingir excusas musas siento huir de mi Cosas que viví, esta cicatriz de traumas desangra versos, desarma el alma
Es mi verdad maldita, mitad genio, mitad flor marchita que se apaga por que haga lo que haga, el premio no cambiara mi estado de ánimo Es este sentimiento pésimo que me tiene pálido, Con mis colegas no soy cálido ya no hay remedio, preguntan que sucede y me limito a mirar serio mi amada siente el tedio, dice que estoy distante me mira y se que ve una decepción constante Y si la vida es un instante, hoy quiero olvidar que existo, quiero escapar a mi desierto sin ser visto salir de este círculo, volar a otro lugar, quedarme quieto... Allí la soledad es mi amuleto..."
"What is love really if it only affects, one aspect of life? That’s like a musician who only accepts, his own musical type. That’s like a preacher who only respects sunday morning, and not saturday night That’s how a soldier can come to reflect, that Love is more than a man and a wife.."
"Seem like everybody trippin' Or is it me, bein normal nowadays It'll drive you crazy Go to work 9 to 5 everyday, no retreat You got to have a dollar Just to get somethin' to eat It seem like everybody trippin' Or is it I? Crazy lady walkin around Shoutin curses at the sky Instrumentals be the lullaby Rhyme stimulai, now come along And vibe as we praise most eyes You be trippin' Why is you trippin, why is you trippin'?"
“Devo dizer que “vou andando por aí” há muito tempo e, mesmo sem querer, sem me dar conta, vou debicando aqui, bebendo ali, absorvendo acolá, e finalmente observando a natureza de um ou outro humano mais transparente. Assim me pudesse analisar a mim próprio! Porque todos temos os nossos ridículos, de que não nos apercebemos ou que procuramos disfarçar para só vermos os alheios; talvez rindo-nos uns dos outros, como é próprio da nossa natureza. “ in "Rocha Chenaider" João Silva
"Conheci o bem e o mal, o pecado e a virtude, o certo e o errado; Julguei e fui julgado; Passei pelo nascimento e pela morte, pela alegria e pelo sofrimento, pelo céu e pelo inferno; E no final eu reconheci que estou em tudo e que tudo vive em mim." Fernando Pessoa
Curioso ver que: Entre o discurso de um lutador de esquerda e um poeta fantasista constrói-se a arte de viver; vê-se a vida como é!
"As Máquinas Idílicas Em Maio de 1962 foi difundida a imagem dum protótipo americano que serve para transcrever directamente as palavras num teclado de máquina de escrever. A human touch da publicidade desta invenção reside naturalmente na felicidade da secretária: doravante basta-lhe olhar para a máquina a escrever sozinha. Sem examinarmos aqui as reais incidências económicas desta modernização do trabalho das secretárias, convém notarmos a que ponto semelhante imagem traduz um sonho básico da sociedade actual (os devaneios dominantes duma época são os devaneios da classe dominante). É a expectativa de um momento da evolução social em que a contemplação passiva das máquinas da produção passaria a articular-se, sem ruptura sensível, com a contemplação passiva das máquinas do consumo. Num nirvana tecnicizado do puro consumo passivo do tempo, tudo o que haveria a fazer consistiria em ver fazer; e sendo este 'fazer' apenas o das máquinas, seria para sempre o dos proprietários de máquinas (apagando-se cada vez mais a propriedade júridica - direito de usar e abusar - em proveito do poder dos programadores competentes e paternais)."
"(...) a força desta sociedade, o seu temível génio automático, pode avaliar-se neste caso extremo: se um belo dia ela brutalmente declarasse impor uma existência de tal modo vazia e desesperadora que a melhor solução seria as pessoas enforcarem-se, ainda assim conseguiria abrir um negócio salutar e rentável com base na produção de cordas uniformizadas."
“(…) A maneira de uma pessoa se debruçar sobre o povo, em busca dum longínquo primitivismo do quotidiano, e sobretudo esta satisfação confessada sem rodeios, este orgulho ingénuo de fazer parte duma cultura cuja estrepitosa falência e radical incapacidade de compreender o mundo que a produz ninguém pode pensar em dissimular, são coisas que não deixam de ser espantosas. Há nisto a vontade manifesta de se abrigarem por detrás de uma formação do pensamento que se baseou na separação de domínios parcelares artificiais, com vista a rejeitarem o conceito inútil, invulgar e incómodo, de «vida quotidiana». Semelhante conceito cinge um resíduo da realidade catalogada e classificada, resíduo este com que alguns repugnam-se ver-se confrontados, porque ele é ao mesmo tempo o ponto de vista da totalidade, implicando por isso a necessidade de uma avaliação global, duma política. Dir-se-ia que certos intelectuais se gabam assim duma participação pessoal ilusória no sector dominante da sociedade, por terem uma ou duas especializações culturais; coisa, no entanto, que os coloca na primeira fila para perceberem que o conjunto desta cultura dominante está notoriamente roído pela traça. Seja porém qual for a avaliação que se faça da coerência desta cultura, ou do seu interesse, visto em pormenor, a alienação que ela impôs aos intelectuais em questão consiste em levá-los a pensar, a partir do céu dos sociólogos, que eles, intelectuais, são totalmente exteriores à vida quotidiana das populações vulgares ou se encontram muito acima na escala dos poderes humanos, como se não fossem, também eles, uns pobres.(…)”
Guy Debord
Excerto de um texto transmitido em gravação, a 17 de Maio de 1961, no Grupo de Investigação sobre a Vida Quotidiana, organizado por Henri Lefevre no Centro de Estudos Sociológicos do C.N.R.S. Reproduzido na I.S. nº 6, Agosto de 1961