desafio-te a elaborares uma concreta razão pela qual acreditas que Ele existe... a definires sucintamente como O consegues ver... acima de tudo, como O consegues sentir...
Acreditas que Ele é de facto uma criação tua?!
Desde criança que sentes a necessidade de o “sentir” (?)... que o procuras... desesperadamente… finalmente, quando o encontras, convences-te que o "encontraste" (?), que um qualquer destino o haverá trazido até ti... que entre a imensidão deste nosso (grande) mundo, Ele finalmente veio ter contigo... sentes-te realizado... por extrema felicidade, encontraste-o ali, naquele instante... e usas o Seu nome como se tivesses a completa certeza de que Ele está ali... e apenas ali… mas o tempo passa... e a certeza desvanece... e desistes Dele... banal... e o tempo passa... e ele volta a aparecer... e com a mesma certeza de sempre, usas o Seu nome...
Risy confundes-me... na minha cabeça penso: porque me questionas então quando eu procuro "abrir" o uso do Seu nome? porque insistes em sacralizar o uso desse Seu nome em algo tão limitado e tão relativo, do qual tu (te) (ab)usas? Como podes não sentir a causalidade da Sua presença (ou da Sua ausência) nesses teus (tão certos) instantes? E porque cresces tu sem nunca pensar em tal aleatoriedade? Foste ensinado… até nisto foste ensinado…
Risy explico-te… Ele é, na minha cabeça, fruto do acaso, de ínfimas decisões e atitudes individuais, que (pelo acaso) acabam por colidir nesses ditos instantes… revelando-te a Sua presença… uma presença que tu, teimosamente, procuras entender sempre como Absoluta… Ele está ali, encontraste-o… não poderá estar em qualquer outro local ou momento… dessa forma acreditas que Ele é mais verdadeiro e sincero?! E único?!
Risy não te entendo… Ele deveria/pode estar em todo o lado, em distintos momentos… o Seu nome deveria/poderia ser usado diariamente… sem qualquer sacralização “intocável” da sua designação… deverias assumir a Sua universalidade, o Seu acaso, o Seu poder positivo, as potencialidades da Sua aleatoriedade e do seu acaso… em ti e em todos… acima de tudo, a Sua capacidade iminente de te elevar para uma melhor relação com o mundo, com os outros e, no fundo, contigo próprio… e daí sairá a Sua verdadeira sinceridade…
Risy apenas te desafio então a dizeres-me de(o) que(m) falo… e não é d'Ele...
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