sexta-feira, 30 de julho de 2010

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Alguma vez sentiste que foste/és uma má pessoa?

quarta-feira, 28 de julho de 2010

breve...


Se vivo na ilusão, vivo na confusão
Se me entrego à alucinação, distorço a real visão
Mas não... não há comunicação
Entre eu próprio e o próprio 'eu'
Entre o que é meu e o que é 'seu'
Não me defino caminhos, mas seduzem-me destinos
Não existe audácia, atrevimento, coragem
Nem tão pouco perspicácia, andamento, para aguentar a dita miragem
O engano... de achar, imaginar, arquitectar
Seguido de um desencanto... de parar, distanciar, conformar
Consciente...
Ciente da falsa perspectiva imaginável
De ser realizável
Poder ter... tudo
Sem perder... nada

Risy achas que com isto sou negativo? Não... acima de tudo é sinal que procuro... uma (ainda) (inocente) esperança

segunda-feira, 26 de julho de 2010

um.. apenas um..

um respirar (de novo),
(n)um (novo) acordar,
(de) uma emoção renascida
um medo clássico, inocente,
uma (primeira) vez,
uma falta de ar,
(n)um momento único que quero repetir,
(de) uma recordação (que já não me recordo)
(n)uma marcação,
(de) um momento,
(de) uma (pequena) história que faça parte da minha história
uma situação embaraçosa
uma qualidade única de um (des)embaraço
(de) um (primeiro) abraço
uma partilha
(de) uma sensação (qualquer)
uma falta (de tudo)
uma fuga (de tudo)
um(a) (ausência de) medo
(por) um minuto (que seja)
(por) um único segundo (que fique)
(n)uma (total) indiferença (pela possibilidade de arruinar tudo)
um orgulho (que desapareça)
um golpe (cruel),
um risco,
uma (constante) dúvida,
(n)uma (in)capacidade de (fazer) sofrer,

uma vontade,
de perder a segurança que me imponho todos os dias,


risy continuas-te a rir porque sabes que me tens controlado...

terça-feira, 6 de julho de 2010

apenas pensando...

Perdido entre sonhos, visões, entre ambições que se mostram ilusões... Olhando em frente, firme, esperando, paciente... Mas não me sai da cabeça que uma imagem foi criada, inventada de forma defensiva, ostensiva (mente) manipulada... E essa ilusão parecer enganar as massas, que vê aí um qualquer fim dogmático, enquanto objectivo e enquanto final de todos os processos que teimam em traçar um qualquer rumo esquemático, faseado... É prático explorar e descobrir assim, sem sofrer, pois é já sabido o tipo de pilar a procurar, onde te possas apoiar... As fases todos as sabemos, os passos a seguir, as etapas a ultrapassar, os riscos a correr... Uma amizade... com valores claros de respeito, entre-ajuda, instintiva, sincera, honesta, descomprometida, natural... entretanto despertam sentimentos, descobrem-se momentos, apuram-se as vontades... Um (definido) amor.... riscos são pensados, são calculados... calculados porque no fundo conhecem-se as consequências dos riscos, os perigos implicados... fases automatizadas... Mas a vontade existe, desejo de arriscar... perder o que já se tem vs. ganhar o que não se tem... Nietzsche refere em 'Humano, Demasiado Humano': "para manter uma amizade, torna-se indispensável o concurso de uma pequena antipatia física"... Então até que ponto não és tu apenas (e simplesmente) uma vontade física, uma qualquer justificação de vontades animalescas se enquadrarem de forma inocente nos diversos tipos de sociedade? és tu que transformas o que há de mais animal em nós em algo social, algo auto-controlado para a vivência em grupo? reprimido e encerrado? e tal questão levanta-se apenas porque penso nos problemas a ti inerentes... obrigações, modos de actuar, modos de reagir, etc... como se servissem de ti enquanto instrumento de repressão do 'natural'.... E porque se resignam 'eles' ('nós') a ti? tu! conceito estereotipado de ter alguém, alguém de forma permanente (e aceite pelo 'todo'), sempre pronto a 'acolher' em dualidades o animal que existe em cada um!... e esse alguém: questiona-te acerca do que esperas, porque o esperas e porque está definido que o deves esperar... Porque, no fundo, neste mundo inversa(mente) funcional, não poderás formar o teu próprio olhar ou escolher as perspectivas sobre as quais te queres realmente enquadrar? Mas também... porque pensar assim? qual o motivo de questionar e negar aquilo que desde o início está inerente que queremos, devemos e precisamos de alcançar?

Assim funciona a máquina, em que somos todos pequenas rodas dentadas capazes de manter em funcionamento o seu mecanismo, na sua espantosa harmonia ruidosa e cinzenta... E é assim dito "dentadas" no sentido de estarem já pré-definidas para um qualquer encaixe, para uma qualquer forma de funcionamento relacional, pré-definida, prevista à partida... Mas também... porque não quero eu ser dentado? Eu sou dentado! Apenas sei que gostaria de não ser... Mais do que isso desconheço também como poderia eu, enquanto roda "não dentada", encaixar no 'todo'? E se me perguntassem "tens mesmo de encaixar?" eu teria de responder: "talvez não....... mas não vejo outra roda como eu......"


pensamentos descontextualizados....