segunda-feira, 28 de junho de 2010

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Sim... isto faz-me ouvir o resto do álbum...


"Tardé en volver, me entretuve,

buscándome la vida deambulé,
anduve de nube en nube, estuve de hotel en hotel,
el amor de la pluma obtuve por haberle sido fiel,
tuve millones de rimas agarradas a mi piel,
decían: 'no te soltaremos hasta estar en el papel'.
¿Sabéis quién soy,hijos de dama de burdel?
Me seguís viendo, sabéis que sigo siendo aquel.
He vuelto más maduro y más abstracto,
más exacto y con más tacto,
dejando Mc's en el acto estupefactos,
hoy he vuelto con lo puesto,
de nuevo en tu parque aparco,
pongo la flecha en mi arco y en tu piel mi rap te marco,
hoy he vuelto dando el resto con más textos,
darme un micro abierto soy especialista en esto,
hoy me muestro con un nuevo manifiesto,
en guardia, atento, falsos no respetan esto,
estoy aquí para que claves en mí tu dedo índice,
hacerte entrar en trance, y convertirte así en mi cómplice
inalterable, como el gesto de una esfinge,
lince sin límite que os vigila vía satélite,
Sigo en busca de mis diosas y mis musas,
haciendo poesía difusa, para las masas confusas,
he vuelto, como no, se me exige, no hay excusas,
tengo la rima implacable, calambre de mil medusas,
estoy aquí por ti, que sin mi te falta el aire,
he vuelto para que bailes rap de pitbull's y rotwailler's,
para B-Boys con capuchas como frailes,
(¿no lo ves?),
he vuelto para que palies tu sed lírica,
(¿qué crees?),
dispuesto a acabar con tus defensas como el tétanos, surcando océanos con la solidez del ébano,
¿quieres coger mi rap?, pues si hace falta róbalo,
como un trofeo, elévalo, como el oro, consérvalo,
he vuelto para haceros disfrutar y echar confeti,
a desterrar al serengueti y a Mc's que buscan competi,
aquí, para dejar enorme huella como el Yeti,
es mi expediente-x, mi spanish history x...
Qué,qué, he vuelto..."

sábado, 26 de junho de 2010

Reflexão, nacos crus e cacos de um coração

"Já não sei se sou Pessoa; o poeta é um fingidor, que finge a dor e o amor, para não ficar vazio. E ainda ecoa um grito libertador, mas que não me traz calor e, por isso, sinto frio. Entro pelo dicionário, mapeio o vocabulário, não sei o que procurar e o que fica em sumário do eterno recurso literário. E neste mundo pós-moderno, quero ser originário de um impulso materno!
Não é um dia de sol que faz o Verão, nem um dia de chuva que faz o Inverno. O tempo dissolve toda e qualquer questão; na eterna luta do querer ser moderno, supero o zero que tolero no mundo que não altero. Sinto que não faço nada, sinto que faço o que quero. Agora decide... junta ou divide (são crenças!) e a liberdade só reside na qualidade do que pensas. Considero que a reflexão, nacos crus e cacos de um coração, com passados musicados, não são mais que uma ilusão. Amor sem dedicação, nem sei porque faço isto, por que me dou à canção. Sem razão, só almejo ser sincero. Penso, escrevo, falo, ouço. Vejo, penso, escrevo e espero! (E era na adolescência que fazia mais sentido.) Agora que perco a inocência, é que me sinto perdido?
E ainda ecoa um grito libertador, mas que não me traz calor e, por isso, sinto frio. Eu quero... Eu quero-me encontrar! Já não sei se sou Pessoa; o poeta é um fingidor, que finge a dor e o amor, para não ficar vazio. E eu quero... Eu quero-me encontrar!!!"
H

sexta-feira, 25 de junho de 2010

espíritos livres


"Os homens de espírito livre, que vivem só para o conhecimento (...) dar-se-ão de bom grado por satisfeitos com um pequeno emprego ou com uma fortuna que chega à justa para viver. (...) Também ele conhece os dias de semana de falta de liberdade, da dependência, da servidão. Mas, de tempos a tempos, tem de lhe aparecer um domingo de liberdade, se não ele não suportará a vida. (...) Sejam quais forem os labirintos que ele percorra, sejam quais forem os rochedos, por entre os quais a sua corrente tenha, de vez em quando, aberto passagem penosamente... assim que chega à luz, segue o seu curso, límpido, leve e quase sem ruído, e deixa brincar os raios do Sol até ao fundo do seu leito."


F. Nietzsche - Humano, Demasiado Humano