terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Desconstruo-me

"Hoje já acredito que um dia é só um dia,
"Ver pra crer" é a minha filosofia.
Faço quadros q não pinto, mas sinto que sou pintor;
As palavras dão o tom, o som das frases é a cor.
Sou insurrecto, mas completo... sou arquitecto,
Cautelosamente, vou projectando o meu trajecto.
Sou Corbusier, só não sei dizer em quê,
Penso tudo o que alma vê em busca de um porquê.
Irreverente como Bacon, atento como Gauguin,
Fixo e pinto os olhares de hoje, para os lembrar amanhã.
Sou pensador actual, Gilles Deleuze sem patine,
Sou Foster industrial, sou Walter Benjamin,
Sou Tolstoi, sou Lenine e o motivo já te disse...
Estudo o social, progressivo como Matisse.
Sou cegueira, lucidez; sou um mundo ensaiado.
Vou sendo metamorfose de um homem duplicado.
Sou Kafka ou Saramago pronto a ser repatriado,
Sou Venturi pós-moderno, sou Duschamp pré-fabricado.
Violento como Wagner, sou o som da intempérie.
Tipo Toulouse-Lautrec, também sou impresso em série.
Sou Leonardo que renasce, não há ninguém que me evite...
Sou surreal!!! Sou Dali e sou Magritte!
Sou Mondrian rigoroso,simplista no que faço.
Sou o Siza no espaço, cúbico, sou o Picasso.
Tenho o génio de Kandisnky no expressionismo
Marinetti na vaguarda, virado pró futurismo.
Sou Cézanne, que muda as regras do aplicável.
Brutal, como Malevich, sei que sou inexplicável.
Indefinível... Sou puro como Miró.
Momentos em que evaporo e continuo H2O.
Mudo de estado a caminho da insanidade,
Vivo como viveu van Gogh: sem qualquer receptividade.
Tento abalar o país, quando dou uso à voz.
Sou pessoa, sou dinis, sou camões, sou queirós.
Sou como tu... (único no ponto de vista)
E p'ra construir um mundo, sou um desconstrutivista!!!"


Risy desconstróis-me?
(Querias!!ahahah)

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