"Já não sei se sou Pessoa; o poeta é um fingidor, que finge a dor e o amor, para não ficar vazio. E ainda ecoa um grito libertador, mas que não me traz calor e, por isso, sinto frio. Entro pelo dicionário, mapeio o vocabulário, não sei o que procurar e o que fica em sumário do eterno recurso literário. E neste mundo pós-moderno, quero ser originário de um impulso materno!
Não é um dia de sol que faz o Verão, nem um dia de chuva que faz o Inverno. O tempo dissolve toda e qualquer questão; na eterna luta do querer ser moderno, supero o zero que tolero no mundo que não altero. Sinto que não faço nada, sinto que faço o que quero. Agora decide... junta ou divide (são crenças!) e a liberdade só reside na qualidade do que pensas. Considero que a reflexão, nacos crus e cacos de um coração, com passados musicados, não são mais que uma ilusão. Amor sem dedicação, nem sei porque faço isto, por que me dou à canção. Sem razão, só almejo ser sincero. Penso, escrevo, falo, ouço. Vejo, penso, escrevo e espero! (E era na adolescência que fazia mais sentido.) Agora que perco a inocência, é que me sinto perdido?
E ainda ecoa um grito libertador, mas que não me traz calor e, por isso, sinto frio. Eu quero... Eu quero-me encontrar! Já não sei se sou Pessoa; o poeta é um fingidor, que finge a dor e o amor, para não ficar vazio. E eu quero... Eu quero-me encontrar!!!"
H
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